Friday, October 26, 2012

Como Escolher Sua Corretora Forex


A primeira coisa a se pensar é que, assim como no Brasil, no exterior também não existe uma corretora completa, que atenda a todos os requisitos de todos os clientes. Isso é porque as pessoas chegam ao mercado com diferentes necessidades (embora praticamente todas queiram mesmo é ganhar dinheiro) e com diferentes condições financeiras.

Obviamente, a necessidade de quem tem 1 milhão é bem diferente da necessidade de quem dispõe de 10 mil. E, por isso, existem corretoras que são mais adequadas a um perfil do que a outro. Este é um blog - em sua maior parte - dedicado a levar informações para o pequeno investidor e para o trader iniciante e, em razão disso, focarei o artigo na escolha de uma corretora Forex especializada no varejo.

1. Entenda-se com a língua do Forex


Enquanto não temos corretoras sediadas no Brasil. A principal exigência na escolha de uma corretora é possuir suporte em português*. Porém, lembre-se que quando se fala em Forex devemos considerar a superioridade do inglês. Por isso, se o seu inglês é fraco, estude, se não quer aprender a língua, saiba que com muito pouco você pode se virar.
Use o tradutor do Google (http://translate.google.com) para ler documentos e para conversar com os atendentes, você verá que é possível interagir com bastante tranquilidade. Certifique-se apenas de aprender os termos básicos do mercado, como funding, broker, trader, leverage e etc. 

A não ser que você fale muitos idiomas como o japonês e o alemão, prefira corretoras que apresentem suporte em português, e antes de mais nada fala com quem está do outro lado e que tipo de suporte você estará recebendo.

2. Verifique a procedência da corretora


 
É o mais fundamental item da lista: verificar se sua corretora é registrada. Afinal, é para ela que você entregará seu dinheiro então é preciso saber com quem se está lidando.
Trate sua corretora como você trata seu banco, afinal, não é em qualquer banco que você deposita sua confiança, não é mesmo?

Verifique no site da corretora o nome correto da empresa ou seu número de inscrição e, em seguida, entre no site do órgão regulador.

Por exemplo, caso você tenha escolhido uma corretora do EUA, então você deve acessar o site da NFA (National Futures Association) http://www.nfa.futures.org/basicnet/Caso a corretora esteja sediada na Nova Zelândia, entre no site da FSCL http://fscl.org.nz/ e por aí vaí. Caso tenha dificuldades, entre em contato com o suporte que terá o prazer de lhe esclarecer e apresentar toda a documentação. Caso contrário, fuja! 


3. Experimente a corretora. 


Digamos que neste ponto você já tenha selecionado 3 corretoras. Agora é a hora de experimentar cada uma delas. Abra uma conta de treinamento em todas e experimente o serviço e o suporte, veja se está sempre disponível nas horas de negociação e tire dúvidas. Veja se a plataforma de negociação é do seu agrado.

Isso é algo muito particular, mas não acredito que uma corretora pode agradar 100% a um cliente. Particularmente eu utilizo várias, mas para fins diferentes. Por exemplo, em uma gosto de pesquisar o calendário econômico. Em outra, acho interesse a comunidade de traders envolvida. Em uma terceira eu prefiro para usar a plataforma com fins de fazer análises. Em uma quarta corretora, eu realizo trades.

Esse é o momento de você pensar em termos de uma corretora em que você pode confiar o seu dinheiro e saber que as suas operações serão realizadas com lisura e transparência.

Muita gente se preocupa tremendamente com os custos mas, a não ser que você tenha muito dinheiro e possa operar numa corretora ECN, isso não deve pesar tanto assim.

4. Abra uma conta mini (de centavos)


Operar uma conta de negociação nunca será igual a operar numa conta de treinamento. Assim que se acostumar com a plataforma na conta de treinamento, abra uma conta mini na corretora que você escolheu e transfira uma pequena quantidade de dinheiro para continuar com a experimentação e o aprendizado.

Observe que uma certa burocracia para abrir a sua conta deve ser esperada e é até benéfica. Uma corretora que se preocupa em saber com quem realmente está lidando, se quem abre a conta é você mesmo, é uma firma que tende a levar seu negócio a sério e, consequentemente, seu dinheiro também.

5. Conclusão


Seguir esses passos pode ser cansativo, mas essa pode ser a diferença entre o seu sucesso e o seu fracasso no Forex. E aí, uma carreira de investidor e trader de forex que poderia ser brilhante acaba sendo jogada fora não porque você operou mal ou estivesse errado, mas porque a sua corretora era fajuta e só estava ali para lhe roubar. Pense nisso. E escolha sabiamente.
P.S. O artigo é de Marcio Santos (com alterações em termos e links que poderiam influenciar na escolha direta da corretora). Caso queira queira ler seu artigo completo acesse aqui.

Thursday, October 25, 2012

Fundo Duplo ou W


Fonte: InvestMax

Como analisar essa formação gráfica da análise técnica 
 É tipicamente formada por 2 mínimos (A e B) intercalados por um máximo (C) seguidos do rompimento da linha de resistência. Geralmente, este padrão marca a transição da passagem de um período bearish para um período bullish.
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Em termos de elementos que compõem este gráfico padrão temos o seguinte:
Tendência: este padrão gráfico é um padrão de inversão de tendência pelo que deverá existir uma tendência prévia que deverá ser invertida. No caso do gráfico acima descrito, existia uma tendência de baixa antes de se começar a formar o fundo duplo.
Primeiro mínimo (A): esta formação é reconhecida pela existência de dois mínimos relativos. Em particular, o primeiro mínimo é a cotação mais baixa do período bearish.
Máximo entre os mínimos (C): entre os dois mínimos ocorre um máximo que poderá ter uma cotação superior em 10% ao valor dos mínimos. O volume geralmente aumenta em torno do máximo, mas revela-se inconsistente para que ocorra um ponto de fuga pelo que a cotação volta a cair.
Segundo mínimo (B): o segundo mínimo deverá ter uma cotação semelhante à do primeiro ainda que se admita que haja uma ligeira diferença em torno dos 3%.
Alta após o segundo mínimo: após o segundo mínimo assiste-se a uma alta da cotação do título que é reforçada por um aumento do volume. Nessa situação, a quebra da linha de resistência deverá estar eminente com os bulls a exercerem uma pressão compradora que os bears não conseguem anular. É usual que ocorra um ou dois gaps.
Linha de resistência torna-se linha de suporte: após o rompimento da linha de resistência é usual que a mesma se torne na linha de suporte.
  Um analista, para avaliar corretamente esta formação deverá ter em mente os seguintes pontos:
a. Os mínimos devem estar separados por cerca de um mês. Se forem muito próximos podem apenas ser parte de uma linha de suporte
b. O valor máximo entre os dois mínimos deve ter uma cotação pelo menos 10% superior ao valor dos mínimos. Caso isso não ocorra, a pressão compradora poderá não estar a aumentar por forma a que ocorra o rompimento da resistência.
c. Distinguir os falsos ponto de fugas do ponto de fuga verdadeiro: poderá acontecer um primeiro rompimento da linha de resistência sem que isso signifique que se deu uma inversão de tendência na cotação do título.

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Bandeiras e Flâmulas (Flags e Pennalts)


Fonte: InvestMax

O que é e como analisar esse padrão de formação gráfica. 
As bandeiras" e "flâmulas" (também conhecida como ´bandeirola´) ("flags" e as "pennants") são formações de continuação de curto prazo que marcam uma pequena consolidação antes da continuação do movimento prévio. Estas formações são usualmente precedidas por um avanço acentuado ou queda com forte volume, e marcam o ponto médio do movimento.
Flâmula
Movimento acentuado: para ser considerado um padrão de continuação, deverá existir evidência de uma tendência prévia bem marcada. Estes movimentos de alta ou baixa ocorrem, normalmente, com volumes fortes e podem conter "gaps". Este movimento representa a primeira etapa de uma alta/baixa significativa e o a "bandeira/flâmula" é apenas uma pausa.
"Mastro" ("flagpole"): o "mastro" é a distância do primeiro "ponto de fuga" ("breakout") de resistência ou suporte até ao máximo ou mínimo da "bandeira/flâmula"(mastro da bandeira ou flâmula). O movimento de alta/baixa acentuado que forma o "mastro" deveria quebrar uma linha de tendência ou nível de resistência/suporte. A linha que vai desde o "break" até ao máximo da "bandeira/flâmula" forma o "mastro".
"Bandeira": a "bandeira" é um retângulo pequeno cuja inclinação é oposta à da tendência anterior. Os movimentos de preço estão contidos entre duas linhas paralelas.
"Flâmula": uma "flâmula" é um triângulo simétrico que começa largo e que converge à medida que as formações amadurecem (como um cone). A inclinação é, normalmente, neutra. Por vezes, não existirão reações específicas aos "máximos" e "mínimos" do qual se desenharão as linhas de tendência e os movimentos de preço deverão ser contidos dentro das linhas de tendência convergentes.
Duração: as "bandeiras" e as "flâmulas" são formações de curto prazo que podem durar entre uma de doze semanas. Existem alguns debates acerca da duração destas formações e 8 semanas são consideradas um prazo demasiadamente grande. A duração deve situar-se entre uma e quatro semanasUma vez que a "bandeira" dura mais de 12 semanas fica classificada como um retângulo. Uma "flâmula" de mais de 12 semanas tornar-se-ia num triângulo simétrico. A confiabilidade das formações que duram entre 8 e 12 semanas é discutível.
"Break": para uma bullish "bandeira" ou "flâmula", uma alta acima da resistência assinala que a alta prévia à "bandeira" vai continuar. Para uma "bandeira" ou "flâmula" "bearish", uma queda abaixo do suporte assinala que a baixa prévia vai continuar.
Volume: o volume deverá ser elevado durante a alta ou baixa que forma o "mastro". Volume elevado fornece legitimidade ao movimento brusco e repentino que cria o "mastro". Uma alta/baixa do volume acima/abaixo do nível de resistência/suporte dá credibilidade e validade à formação e aumenta a probabilidade de continuação.
Alvos: o comprimento do "mastro" pode ser aplicado à quebra da resistência ou suporte da "bandeira/flâmula" para estimar o avanço ou queda.
Apesar de as "bandeiras" e "flâmulas" serem formações muito comuns, as linhas de identificação não devem ser encaradas com ligeireza. É importante que as "bandeiras" e "flâmulas" sejam precedidas por um forte avanço ou queda. Sem este movimento forte, a credibilidade da formação torna-se dúbia e as transações podem ser mais arriscadas.
Bandeira
Movimento acentuado: depois de consolidar por três meses, a ação quebrou a resistência dos 56 e iniciou uma forte alta com o acompanhamento do volume. A ação subiu de 56 para 76 em 4 semanas. (Nota: é também possível que uma pequena "flâmula" formada no início de Maio com resistência perto dos 62.25).
"Mastro": a distância desde o "ponto de fuga" nos 56 até ao máximo de 76 da "bandeira" formam o "mastro".
"bandeira": o movimento de preços estava contido entre duas linhas de tendência paralelas que se inclinavam para baixo.
Duração: de um máximo de 76 até ao "ponto de fuga" nos 72.25, a "bandeira" durou 23 dias.
  "Ponto de fuga": o primeiro "ponto de fuga" da linha superior da "bandeira" ocorreu a 21 de Junho sem qualquer aumento de volume. No entanto, o título fez um "gap" de alta uma semana mais tarde e encerrou forte com volumes acima da média (setas vermelhas)
Volume: recapitulando - o volume subiu devido ao forte avanço para formar o "mastro", contraiu durante a formação da "bandeira" e subiu logo após a o "ponto de fuga".
Alvos: o comprimento da "mastro" era de 20 e foi aplicado ao "ponto de fuga" (72.25) para projetar um alvo de "92.25".

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Padrões Gráficos (ou Formações Gráfica)


O que são e como funciona os Padrões Gráficos - (análise gráfica)

Fonte: InvestMax
Existem dezenas de milhares de participantes do mercado que compram e vendem ativos financeiros por diversas razões: expectativa de ganho, medo de incorrer em perdas, motivos fiscais, cobertura de risco, "stop-loss", "price-targets", análise fundamental, análise técnica, recomendações de casas de corretagem e financeiras... Tentar perceber as razões porque os participantes compram e vendem ativos pode ser um processo assustador. As chamadas formações ("chart patterns") colocam a compra e a venda em perspectiva ao consolidarem as forças da procura e da oferta num quadro conciso. Ainda mais importante é a ajuda que, em conjunto com a análise técnica, as formações dão na identificação do vencedor da batalha entre os "bulls" e os "bears".
A análise de formações pode ser usada para a realização de previsões de curto e de longo prazo, podendo a informação ser "intraday", diária, semanal e mensal, sendo que os padrões podem tomar lugar apenas um dia, ou até vários anos.
Padrões gráficos, indicador, indicadores técnicos, análise técnica, analise gráfica
Muito do conhecimento da identificação e análise de formações data de 1932, quando Richard Schabacker escreveu "Technical Analysis and Stock Market Profits", o livro que serviu de base para a análise moderna de formações. Em "Technical Analysis of Stock Trends", Edwards e Magee consideram que a maior parte dos conceitos do seu livro se baseia nos do já citado.
A análise de padrões pode parecer acessível, mas não é, de todo, uma tarefa simples. Schabacker afirma:
"A ciência da leitura de gráficos não é, no entanto, tão fácil como a mera memorização de certas formações e recordar o que normalmente se prevê quando estas acontecem. Qualquer gráfico de ações é uma combinação de inúmeras formações e a sua análise cuidada depende de estudo constante, experiência e conhecimentos de indicadores tanto técnicos como fundamentais e, acima de tudo, habilidade para pesar indicadores que dão sinais contrários, de forma a ter uma perspectiva global dos seus pormenores assim como no reconhecimento de qualquer fórmula."
Apesar de Schabacker se referir à "ciência da leitura de gráficos", a análise técnica é mais arte do que ciência. Adicionalmente, o reconhecimento de formações pode ser aberto a interpretações subjetivas e que podem estar sujeitas a diferentes pontos de vista. Para evitar conclusões errôneas deve-se confirmar o "output" da formação identificada com outros indicadores técnicos, de forma que chegar a uma conclusão coerente. Nunca existem duas formações exatamente idênticas, apesar da sua natureza poder ser similar. "Breakouts" falsos, leituras enviesadas e exceções à regra fazem parte da educação.
Estudo constante e cuidadoso é o necessário para que uma análise de um gráfico seja bem sucedida. Na tabela acima, o ativo quebrou a resistência de uma inversão "head and shoulders" (cabeça e ombros). Apesar de a tendência ser agora "bearish", a análise deve continuar a confirmar essa tendência.
Fornações Gráficas, indicador, indicadores técnicos, análise técnica
Alguns analistas podem ter classificado o gráfico acima como uma formação "head and shoulders" com a "neckline" (linha de pescoço por volta de 17.50. Se esta análise é robusta permanece aberto a debate . Apesar de o ativo ter quebrado esse suporte, os "pull backs" foram constantes. Esta "recusa" poderia ter sido interpretada como um sinal de força e justificado uma reavaliação da formação presente.

Os dois grupos dominantes

As duas premissas básicas da análise técnica são:

- os preços seguem tendências;
- a história repete-se.


Uma tendência de alta indica que os "bulls" e portanto a procura controla, e uma tendência de baixa é sinônimo de que as forças da oferta ("bears") prevalecem. No entanto, os preços não seguem a mesma tendência indefinidamente e quando o outro "prato da balança do poder começa a pesar mais" assiste-se à existência de formações. Certas formações como canais paralelos denotam a presença de uma forte tendência. Contudo, a grande maioria das formações cai em dois grandes grupos: as de inversão e as de continuação. As formações de inversão indicam uma mudança na tendência e podem ser subdivididas em dois tipos: de topo e de fundo. As formações de continuação indicam uma pausa na tendência e que a direção anterior vai ser retomada passado um período de tempo.
Formações Gráficas, Padrões gráficos, indicador, indicadores técnicos, análise técnica
Só porque uma formação se forma após um movimento de alta ou baixa significativo, não é, por si só, sinônimo de inversão. Muitas formações, tais como retângulos, podem ser classificados como formações de inversão ou de continuação. Dependo muito da ação prévia do preço, do volume e de outros indicadores à medida que a formação evolui. É na identificação destas diferenças que a ciência da análise técnica se transforma em arte.

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Fundo Triplo


Como analisar essa formação gráfica da análise técnica - (curso de análise gráfica)

Este tipo de formação é uma formação tipicamente formada por três mínimos seguidos do rompimento da linha de resistência. Note-se que este padrão é um padrão de longo prazo que geralmente se forma ao longo de vários meses.
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fundo triplo, suporte, padrao grafico, formação grafica, ações, analise tecnica
Em termos de elementos que compõem o gráfico temos o seguinte:
Tendência: este padrão gráfico é um padrão de inversão de tendência pelo que deverá existir uma tendência prévia que deverá ser invertida. No caso do gráfico acima descrito, existia uma tendência de queda antes de se começar a formar o fundo triplo.
Três mínimos: esta formação é reconhecida pela existência de três mínimos (pontos A, B e C) relativos que deverão ser aproximadamente iguais.
Volume: à medida que a formação Fundo Triplo se desenvolve, o volume geralmente decai. É usual que ao aproximar-se de cada mínimo, o volume aumente ligeiramente. Após o terceiro mínimo e com a quebra da resistência é usual que o volume aumente bastante reforçando a credibilidade do rompimento.
Linha de resistência: neste tipo de gráfico existe uma linha de resistência que deverá ser rompida após o terceiro mínimo (círculo a preto). É normal que após o ponto de fuga, a linha de resistência se torne na linha de suporte.
Preço algo: para se determinar o preço algo após o rompimento da linha de resistência, adiciona-se à cotação da linha de resistência a sua diferença (11.5 Euros) para os mínimos do Fundo Triplo.No caso do gráfico em questão, não se verificou que a cotação do título tendesse no curto prazo para o preço algo estimado nos 23+11.5 = 34.5 Euros.

O básico de Análise Técnica e gráficos de ações


Por Ricardo Pereira


Todos procuram tirar a maior rentabilidade possível dos seus investimentos. Hoje existe um consenso de que Bolsa de Valores é um dos tipos de investimento com melhor retorno, principalmente quando levamos em consideração o longo prazo.
Gaças à percepção de que o mercado acionário não é (mais) nenhum bicho de sete cabeças, ano após ano o recorde de pequenos investidores é superado. Muita calma nessa hora. A negociação de ações faz parte do mercado de renda variável, certo? Algo que varia implica maior risco e volatilidade. Se você pensa em entrar nesse mundo é preciso se preparar. Este artigo pretende ajudá-lo.
A arte de escolher 
Ninguém pode montar uma carteira simplesmente porque acredita no potencial das empresas ou porque tem um conhecido que trabalha nela. Tudo bem, até pode, mas não deveria ser assim. Existem algumas escolas de análise que podem nos ajudar a escolher melhor as empresas. Escolas que facilitam a arte de investir.
Decidimos escrever alguns textos sobre as opções de análise disponíveis e algumas nuances teóricas dos investimentos em ações. A agenda por enquanto está assim:
  • Análise Técnica ou Gráfica (hoje)
  • Análise Fundamentalista (dia 15/02/2008)
  • Preço justo (teoria), preço alvo e carteiras sugeridas por algumas corretoras. (20/02/2008)
Análise Técnica
É o estudo dos movimentos passados dos preços e dos volumes de negociação de ativos financeiros, com o objetivo de fazer previsões sobre o comportamento futuro dessas ações. Para os analistas técnicos, a resposta está nos gráficos de preços e volumes negociados das ações. Os gráficos traduzem o comportamento do mercado e avaliam a participação de massas de investidores capazes de induzir certas formações de preços.
Nessa análise, não importam os lucros obtidos e projetados, política de dividendos das empresas, expectativas para o setor de atividade, grau de endividamento, etc. O que interessa são os fatores internos de oferta e demanda de mercado, capazes de entender e traduzir a “psicologia” do mercado.
Nosso amigo Christian, do CHRinvestor, fez um comentário bastante consciente e inteligente a respeito da análise técnica:
“A análise técnica não é uma mágica. Nem nos garante sucesso em todas as operações. Mas essas ”coincidências” simétricas associadas a um manejo de risco eficiente e principalmente disciplinado podem resultar em maiores chances de ganho”
Como surgiu a análise técnica?
As origens da análise técnica moderna estão nos trabalhos de Charles Dow no início do século XX. Dow, ao lado de Edward D. Jones, publicava um informativo financeiro que mais tarde se transformaria no famoso “The Wall Street Journal”. Através do jornal, Dow apresentava suas observações sobre o comportamento do mercado.
O conjunto desses textos foi posteriormente reunido, gerando o que pode ser considerado o início da análise técnica: a Teoria de Dow.
Entendendo os Gráficos
A análise técnica funciona em muitas ocasiões porque o mercado corresponde à soma dos desejos, medos e expectativas das pessoas. O valor de um ativo reflete o encontro entre os que acreditam que o ativo irá se valorizar (compram) e aqueles que pensam o contrário (vendem). Essas manifestações aparecem nos gráficos.
Existem diversos tipos de gráficos e, consequentemente, diversas maneiras de representar o que aconteceu no pregão. É importante que você entenda como são formados os símbolos que formam os gráficos, pois esses símbolos são a própria linguagem do mercado. Os gráficos mais comuns são:
Gráfico de Barras. Um dos tipos mais populares na análise técnica, ele utiliza o valor de abertura, máximo, mínimo e de fechamento. Veja um exemplo:
Exemplo de Gráfico de Barras
Gráfico de Candles. Também chamado gráfico de velas ou candelabro japonês, popularizou-se na década de 90 com os trabalhos de Steven Nison, autor do famoso livro “Japanese Candlestick Charting Techniques“. Também utiliza as informações de preço máximo, mínimo, abertura e fechamento para o desenho do símbolo. Veja um exemplo:
Exemplo de Gráfico de Candle
Padrões de continuação: Rising and Falling Three Methods
Embora sejam conhecidos pelo seu poder de sinalizar reversões, nem só de viradas de tendência vivem os candles. Existem sim padrões de continuação e eles podem ajudar bastante. Neste artigo vamos analisar um padrão de continuação de tendência altista chamado rising three methods. Como não poderia deixar de ser, vamos dar uma olhada também em seu análogo baixista, o falling three methods.
Identificando o Padrão
O rising three methods, que surge em uma tendência de alta, é formado por:
  • Um candle branco longo
  • Na seqüência surge um grupo de candles de corpo pequeno. Esses candles fazem uma configuração de queda ou de movimento lateral.
  • Os corpos dos candles pequenos devem estar dentro do espaço entre a máxima e mínima do candle longo inicial. Note que no intervalo de máximo e mínimo estão incluídas as sombras do candle longo.
  • As cores dos corpos dos candles pequenos podem ser brancas ou pretas. É preferível que seja preta, mas o contrário não invalida o padrão.
  • O último dia do padrão deve ser uma figura de alta forte com um fechamento acima do fechamento do primeiro dia do padrão.
O ideal do padrão é que o grupo de candles seja composto por três. Mas, dois ou mais do que três não invalidam o padrão desde que as outras “regras” sejam cumpridas. Como você já deve estar imaginando, as regras de formação do falling são similares, mas contrárias. Vejamos as diferenças:
  • A tendência deve ser de baixa;
  • O primeiro dia é um candle negro longo;
  • O último dia deve ser forte, fechando bem abaixo do candle inicial.
A figura abaixo mostra o rising e o falling three methods:
Exemplo de Gráfico - Rising and Falling Three Methods
Realizando trades
Imagine-se diante de um padrão de continuação. Se você está posicionado a favor da tendência, não há muito a fazer. Posicione seu stop e observe o comportamento do mercado depois da formação do padrão.
Se você não está na onda, é hora da sempre importante análise risco/recompensa. O último candle do padrão tende a ser intenso, ou seja, o mercado pode já ter subido bastante e não ser mais atrativo do ponto de vista de compras. Obviamente, entrar ou não depende de cada situação.
Existem resistências por perto? Linhas de tendência? Um lugar em que os traders normalmente posicionam seu stop em relação a este padrão é abaixo da mínima do primeiro candle. Você conhece seu limiar de resistência ao risco, basta avaliar se a provável recompensa vale a pena.
Ombro-Cabeça-Ombro
Este é um dos mais importantes padrões de reversão de tendência. Vamos utilizar a figura abaixo para analisar sua formação e seus componentes:
Exemplo de Gráfico - Ombro-Cabeça-Ombro
O padrão lembra, de fato, os ombros e a cabeça de uma pessoa. O mercado forma um primeiro topo (ombro) e retorna a linha base, chamada de linha de pescoço. Desse ponto, uma alta acontece superando o topo anterior e formando a cabeça, sugerindo continuação da alta. Os preços, a partir da cabeça, retornam uma vez mais até a linha de pescoço e voltam a subir, dando origem ao segundo ombro com tamanho muito semelhante ao primeiro. Está formado o OCO.
O volume costuma decrescer conforme o padrão vai sendo construído, elevando-se rapidamente no corte da linha de pescoço. Pode existir OCO de baixa, mas também OCO de alta.
Uma das características mais interessantes do padrão cabeça e ombros é o alvo de preços que a formação sugere. Mede-se a altura da cabeça até a linha de pescoço e projeta-se essa mesma altura a partir da linha de pescoço na direção de rompimento.